quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O corpo tem suas razões...

...sempre igual...




...sempre diferente...



Coincidências nessa vida ...nem citaria minha advogada...mas quando peguei este livro lembrei imediatamente dela e da Louise...ela sempre fala que pra tudo tem seu tempo e a Lou fez meu corpo sacudir e me conectar com células que estavam pra lá de adormecidas...











Começando do começo...minha irmã está crescendo...a prova viva além dela mesma em carne e osso, é claro, é a literatura que ando encontrando pela casa...Martha Medeiros nunca é demais...mas o que me fez pensar foi "O corpo tem suas razões" de Thérèse Bernstein. Uma fisioterapeuta que disserta sobre o corpo fazendo analogia com uma casa, seus alicerces, a chave, como ela é e onde ela fica...interessante. Mais interessante é ter encontrado ele hoje, estando com o meu corpo recodificado depois de uma aula de yoga que fiz ontem com a super Louise Luz naquela sala encantada do Centro do Ser...com direito ao visual da lua cheia nascendo gigante e laranjona por trás do morro da praia mole...e ficando por instantes preciosos do meu "aqui e agora" emoldurada no topo da igrejinha da Lagoa da Conceição...abençoada por deus...a igreja , a lua, eu, as pessoas que compartilharam desse momento...e o corpo...












Durante a aula e diante da grandeza daquele céu, foram feitas reflexões sobre Deus que habita dentro de nós...o ser rígido e o ser flexível...e verdade é que ser flexível e macio é o que há. Em atitudes, comportamento...é dessa forma que os estímulos interpretados pelo SNC(sistema nervoso central) vão repercutir na qualidade muscular que o seu corpo vai ter...










Pra quem já ouviu falar que o corpo tem memória, é isso mesmo...além da questão de treinamento físico, como alongamento, práticas esportivas, dança, natação...o que for que fizer seu corpo se mexer, as emoções são todas guardadinhas nos nossos músculos. Um empresário tenso, uma criança filha de pais rígidos...uma pessoa "medroza" e "noiada" tem grandes chances de ser mais travada que uma "desencanada" ou extrovertida que experimenta os movimentos e se "atira".










Digo coincidências nessa vida, porque ao abrir o livro e iniciar a leitura lá está: "À dra. A., célebre advogada que teme perder a autoridade se abandonar a nuca rígida e as feições agressivas, e que confunde a imagem de si mesma com a imagem "que vende"." ...Novidade que trato minha advogada há anos por tensão cervical...e ela é filha de militar...e aí??começam a entender o que significa o corpo ter suas razões....





Segue:" À senhora que mandou consertar o nariz, pálpebras, seios, mas que chora lágrimas de verdade quando percebe que não pode consertar a própria vida."... Novidade que fiz três módulos de um curso de especialização em Fisioterapia Dermatofuncional e parei, porque jamais vou me especializar em tratamento de "vaidosa maluca".











..."À D., que leva o corpo pra ser tratado assim como leva o carro para a oficina: "Faça tudo o que for preciso. Eu não quero nem saber". Mas tudo o que eu poderia lhe ensinar, no fundo dele mesmo, ele já sabe."...Novidade que eu estava me sentindo uma "mocoronga travada e descordenada" naquela aula...era a primeira vez que fazia uma aula de Ashtanga Vinyasa, até então só havia praticado Hatha Yoga... Meu corpo já sabia tudo que aquela maratona milenar estava me trazendo à tona, meu conforto agora lendo esse comentário da Thérèse(só um parênteses pra comentar que ao colocar esses acentos malucos no nome da francesa lembrei porque fiquei só um ano estudando francês, saber escrever em francês requer persistência, uma acento que muda de lado já muda o significado da palavra...e decorar tudo...estudo...)é que estava ativamente resolvendo meus impasses pessoais internos...corticalizados e sedimentados na minha querida massa muscular, decorrentes também da minha educação com irmãs franciscanas germânicas e não havia me jogado na maca de uma fisioterpeuta e tirado ela pra "cristo".






Verdade que cada modalidade de yoga por exemplo é para um tipo de personalidade...A hatha me ajuda a ter mais persistência, a aterrar de verdade os pensamentos e não sair voando com a primeira brisa... A Ashtanga Vinyasa como é mais dinâmica me ajuda a esquecer os pensamentos(sou geminiana com lua em sagitário...meio céu em áries e ascendente em leão...praticamente a combustão em pessoa...na verdade o ascente é em um ângulo divisor de águas com câncer "santa água de câncer no meio de tanto ar"...que me faz no fundo...mas bem no fundo mesmo do olhar, serena e tranquila...por exemplo no final de uma aula dessa modalidade), a nem lembrar que pensamentos existem e mergulhar no âmago do meu ser e saber que comandos são necessários, provenientes do meu SNC, para o meu corpo ser macio e flexível...aqui agora e sempre...com lua ...sem lua..na fase crescente..minguante...cheia..nova...a que for...que deus está em mim...que o meu corpo é a casa que ele e eu habitamos e se eu perder as chaves(coisa comum)vou ficar de fora...só vendo a fachada.